Resenha: Axolotle Atropelado - Helene Hegemann

Recebi o livro por parceria com a Intrínseca. Quando vi que eles iriam publicá-lo eu pesquisei sobre a história e percebi que era um livro bem polêmico. O que me instigou a lê-lo e tirar minhas próprias conclusões. O livro contém 208 páginas e foi escrito pela autora Helene Hegemann.

Axolotle Atropelado é um livro muito intenso e os temas narrados nele são bem polêmicos: sexo, homossexualidade, drogas e outros que são debatidos de forma informal entre os personagens. Como todos os personagens têm um ponto de vista sobre esses assuntos, algumas idéias podem chocar o leitor. E por isso o livro é de uma leitura difícil.

A personagem principal é Mifti, uma adolescente que mora em Berlim, Alemanha. Sua vida é totalmente independente de regras e por isso, é uma total bagunça. Ela não frequenta a escola, vive drogada e/ou bêbada e mora com seus irmãos mais velhos, que assim como ela, não têm juízo algum.

É através dos olhos dela que acompanhamos o desenrolar da história, mas mesmo assim não consegui sentir nada por ela. Não sentia pena, nem me sentia "próxima" dela. Pelo contrário, durante a leitura eu estava apenas querendo ver logo o que iria acontecer para que toda aquela loucura acabasse.

Por ter perdido a mãe e por seu pai ter praticamente os abandonado, Mifti e seus irmãos não tem ninguém com quem se apoiar e tentar seguir uma vida mais saudável e correta. E quando aparece alguém com essa intenção eles vão logo descartando-o:

"Quero empregados que não falem alemão e que não me façam lembrar, com aquele olhar de peixe morto na minha direção, de como tudo é horrível..."

A leitura me lembrou muito Lolita Pille (autora de Bubble Gum, Hell Paris, Cidade da Penumbra) e como não gostei do estilo de escrita dela não me surpreende que não tenha gostado desse. Livro indicado para aqueles que já leram e gostaram dos livros da Pille ou que tenham ficado interessados na sinopse. Mas se você, assim como eu, não gosta desse tipo de leitura, passe longe.

O que é um Axolotle?
No livro, Mifti adota uma animalzinho chamado Axolotle que nada mais é que uma salamandra mexicana, que curiosamente não se desenvolve e permanece na sua forma larval. São muito usados em laboratório por sua capacidade de regeneração. (fonte)

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Beijos